No dia das mulheres, nós vamos falar exatamente delas: as mulheres italianas que fizeram história! Sei que algumas você já deve as conhecer pelos livros de história ou por outras pesquisas pessoais, mas senti obrigação de colocá-las aqui pelo papel que desempenharam no decorrer de suas vidas. 👩👩🏿👩🏼
🧐 Curiosos pra saber nossa seleção? Logo abaixo, você verá a lista das 8 mulheres italianas mais marcantes da história!
Monica Bellucci
Antes de tudo, além de já ter atuado em filmes não só na Europa, Monica já deixou sua presença em Hollywood e tem uma enorme carreira como modelo de grandes desfiles de moda e grifes sofisticadas como Dior e Dolce & Gabbana.
Nascida em 1964, começou a trabalhar como modelo aos seus 18 anos para pagar seu curso de Direito na Universidade de Perúgia. Em 1991 fez sua primeira aparição como atriz no filme “Drácula de Bram Stocker”. Nesse meio tempo, ela passou por diversas obras. Por exemplo, vocês devem lembrar dela na série de filmes Matrix, onde seu personagem se chamava Perséfone. Seu trabalho mais recente foi uma aparição especial numa série de sucesso do serviço de streaming Netflix, Twin Peaks.
Rita Levi Montalcini
Rita Levi Montalcini é uma Famosa médica neurologista italiana que morreu em 2012 em Roma, Itália. Durante sua vida e em meio de seus inúmeros sucessos, chegou a ganhar o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pela descoberta de uma substância no corpo que estimula e influencia o crescimento das células nervosas, o que poderia contribuir imensamente nos casos de Alzheimer e doenças como a de Huntington.
Margherita Hack
Grande astrofísica italiana e disseminadora de pesquisas científicas, Margherita foi professora titular de Astronomia da Universidade de Trieste por quase 30 anos. Hack foi a primeira mulher italiana a ser responsável por administrar o Observatório Astronômico de Trieste, trazendo um holofote internacional para o local. Infelizmente Margherita Hack morreu devido a problemas cardíacos em 2013.
Nilde Iotti
Para não dizer que as mulheres italianas não participavam de política, Nilde aparece para provar que sim, as mulheres então em todas as partes. Leonilde, ou Nilde como é mais conhecida, foi a primeira mulher a se tornar Presidente da Câmara dos Deputados, um posto que ela abraçou e permaneceu por 3 mandatos consecutivos, se tornando, também, a mais longa Presidente pós guerra.
Não suficiente, como integrante do Partido Comunista Italiano (PCI) ao longo de toda sua carreira, Nilde sempre lutou pelo direito das mulheres, apoiando veemente ações como divórcio e aborto como escolha delas na Itália.
Anna Magnani
Mais uma atriz para nossa lista! Anna nasceu em 1908 e foi considerada a melhor atriz de seu tempo. Chegou a ganhar um Oscar de Melhor Atriz pela Academia de Hollywood, mas por não acreditar ter chances de ganhar o prêmio, não compareceu à sessão. Em 1947 também recebeu outro prêmio de melhor atriz, esse já no Festival de Veneza.
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A seguir, voltaremos com a lista das 8 mulheres mais importantes da Itália!
Samantha Cristoforetti
Se você pensava que apenas os Estados Unidos e a União Soviética pensavam em astronautas, estão errados. Samantha, que nasceu em 1977 em Milão, é a primeira mulher astronauta italiana e integrante do corpo de astronautas da Agência Espacial Europeia.
Em síntese, o ano de 2022 será muito importante para Samantha, além de cumprir sua missão espacial, ela também estará à frente do principal laboratório espacial da Terra, a Estação Espacial Internacional (ISS).
Fernanda Pivano
Nascida em 1917 em Gênova, foi escritora, tradutora, crítica e jornalista. Aos 30 anos conheceu Hemingway, com quem teve um grande relacionamento profissional e amigo.
Posteriormente, com a morte do conhecido, Fernanda traduziu a obra “A Farewell to Arms”, Adeus as armas em português.
Por outro lado, também teve a oportunidade de entrevistar Charles Bukowski, além de ser uma das maiores difusoras da literatura americana na Itália, passando por grandes nomes da “Geração Beat”, como ficou conhecido.
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Anita Garibaldi
E, claro, como estamos falando de mulheres italianas que fizeram história, não poderíamos esquecer da famosa Anita Garibaldi, que por mais que seja uma revolucionária brasileira, ficou conhecida nos dois mundos. Ela recebeu o título de Heroína de Dois Mundos por ter participado, junto de seu marido Giuseppe Garibaldi, em diversas batalhas tanto no Brasil quanto na Itália, dentre elas a Revolução Farroupilha (ou guerra dos farrapos) e a Unificação da Itália.
Em primeiro lugar, Aninha, como era chamada por seus familiares, nasceu em Santa Catarina, no município de Laguna em 1821, durante o Período Regencial. Vindo de uma família pobre, aos 14 anos foi obrigada a se casar com um sapateiro que, pouco mais de 3 anos depois, a deixou para se juntar ao Exército Imperial, filosofia contrária de Anita.
O encontro de Anita e Giuseppe acontece pouco tempo depois, e foi relatado pelo italiano dessa forma:
“Um homem que tinha conhecido me convidou para tomar café em sua casa. Entramos. A primeira pessoa que apareceu foi Anita, a mãe de meus filhos, a companheira da minha vida – nos bons e maus momentos. A saudei finalmente e lhe disse: Tu deves ser minha.”
Assim, em 1839, Anita, forma que o italiano a chamava em sua língua materna, subiu a bordo do navio de Garibaldi. Em batalha, ela se mostrou uma mulher valente, não media esforços. Por exemplo, expôs sua vida várias vezes se encarregando de cruzar a linha de fogo para buscar munição.
Apesar de corajosa, ao longo de suas batalhas, Anita acabou capturada pelas tropas do Império, grávida de seu primeiro filho e com a informação de que Garibaldi estava morto. Inconformada, pediu para que fosse até o campo e o achasse entre os mortos. Naquela mesma noite conseguiu fugir e, após 8 dias sem comer e andando mais de 80km na mata, chegou em uma cidadezinha onde entrou seu amor, Garibaldi, vivo. Assim nasceu o primeiro filho do casal.
Em suas escritas, Garibaldi sempre demonstrou enorme apreço por Anita:
“Eu marchava a cavalo com a dona da minha alma. Digna da admiração universal. […] A minha Anita era meu tesouro.”
Dessa forma, em 1932 ocorreu a inauguração de um monumento na Itália em homenagem a ela, também em Roma próximo de seus restos. Por analogia, a casa que vivia em Santa Catarina foi transformada num Museu aberto, reunindo os acervos históricos das batalhas e objetos que pertenceram à heroína.
“Não tenho medo de viver, de correr atrás dos meus sonhos. Tenho medo é de ficar parada.“
Anita Garibaldi.
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