Muito estamos vendo e ouvindo falar sobre o CoronaVírus, em todos os meios de circulação. E assim como vinculado à Ásia, o vírus tem sua história de transmissão carnalmente associado à Itália. Com mais de 1000 pessoas em UTIs e um número de mortos que beira a contagem do milhar, o país é um dos que mais sofre com a pandemia.

Com números que estão sempre mudando, procuraremos manter esse texto o mais atemporal possível, resumindo os principais fatos a respeito da doença, e como os países, principalmente a Itália e o Brasil estão lidando com a pandemia.

Bem. Tendo contabilizado milhares de diagnosticados pela doença, mesmo que com apenas sintomas leves da doença, a Itália iniciou no mês de Março um sistema de isolamento doméstico. Entenda mais abaixo como o país inteiro entrou em quarentena.

ITÁLIA – UM PAÍS EM QUARENTENA

Para começarmos nosso texto, precisamos voltar ao início da infecção – dia 31 de Janeiro. À época, tínhamos já algumas pessoas infectadas, principalmente na Ásia. Com a confirmação do primeiro caso na Itália, as autoridades italianas começaram a identificar as zonas de risco, isolar alguns locais e impor a quarentena aos doentes.

Por conta do próprio clima da Itália, a disseminação do vírus por lá foi extremamente rápida e intensa. O Governo Italiano, ao notar que algumas áreas do país estavam sendo afetadas muito fortemente, decidiu isolar completas fatias de terra.

Proibiu então a entrada e a saída da região note da Lombardia (Milão incluído), assim como de 14 províncias próximas, já que a Lombardia era o epicentro da doença no país. Com casos aparecendo em outros pontos do país, Giuseppe Conte tomou uma decisão extrema – “Toda a Itália será uma área protegida […] Toda a Itália deve ficar em casa. Os hábitos devem ser alterados para o bem da Itália. Fiquem em casa. Na Itália”.

O CERCO ITALIANO E OS DESDOBRARES SOCIAIS

Com a Itália em quarentena, voos começaram a ser cancelados ao país, fronteiras com países vizinhos foram fechadas, deslocações internacionais proibidas e assim por diante. Essa proibição de deslocamento deixou 60 milhões de pessoas em quarentena.

“Compreendemos a necessidade de sociabilização das pessoas, mas não podemos arriscar ter episódios de sociabilização que são também contagiosos”, foi o que disse Conte, ao também proibir qualquer ajuntamento de pessoas. Daí, o “crime” de sair de casa, surgiu.

Os italianos a partir de então, no comecinho de Março, só poderiam sair de casa com um motivo relevante. Algo relacionado a trabalho ou saúde. O governo pediu que cada indivíduo fizesse um processo de “auto-certificação”, de que isso realmente era necessário. “Se essa auto-certificação não se justificar, estaremos perante um crime”, disse Conte.

Por isso, vemos tantos vídeos na internet de policiais italianos abordando pessoas nas ruas. Caso as autoridades não considerarem a justificação da saída da pessoa algo válido, poderá ser aberto um processo judicial contra o infrator.

MUDANÇAS PERMANENTES ATÉ 3 DE ABRIL

Por enquanto, centros comerciais devem fechar nos finais de semana, escolas e universidades não funcionarão até 3 de abril, e assim por diante. Em todo o país, viagens são apenas permitidas por motivos relevantes de trabalho ou emergências de saúde.

Para as pessoas que tiveram exposição à doença, ou que estão doentes, a quarentena é total, e a proibição de circulação nas ruas é absoluta. Com um superlotamento em hospitais, a Itália também está enfrentando problemas com a gestão dos corpos das vítimas.

A crise em si, veio a começar em 20 de fevereiro, e desde então, o país já soma centenas de mortes. Estas, que congestionam o serviço funerário, principalmente das pequenas cidades da Lombardia.

Como os corpos infectados merecem uma atenção específica, e um protocolo de segurança próprio, para evitar infecções, algumas pessoas mortas acabam ficando nas casas por mais de 24 horas, como foi o caso de um homem que morreu em sua cama, e sua esposa teve de ficar ao seu lado por um dia inteiro em Borghetto Santo Spirito, na Ligúria.

A ITÁLIA HOJE

Agora, apenas estabelecimentos voltados à venda de remédios, alimentos, serviços postais e bancários podem ficar abertos. O transporte público funciona com um cronograma específico. Restaurantes, bares, cafés, salões e lojas de roupas e itens do gênero não podem mais funcionar.

Todos os dias, os cidadãos devem portar consigo um formulário específico preenchido com a razão de terem saído de casa, e quem não estiver com essa justificativa, poderá encarar até três meses de prisão.

E, aproveitando um pouco a deixa do tópico prisão, este também é outro ponto problemático no país hoje. O governo decretou o confinamento de milhões de italianos, como falamos mais acima, e isso também significa restrições às visitas nas penitenciárias.

Como resposta a isso, detentos de todo o país começaram rebeliões, tentativas de fuga e distúrbios. Tudo isso, em resposta às restrições que receberam à visitação de seus parentes e amigos.

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TORÇAMOS PARA QUE A ITÁLIA VIVA DIAS MELHORES DAQUI EM DIANTE

É inegável que a Itália está sim, fazendo o seu máximo para conter a infecção. Mas infelizmente, não existe muito o que possa ser feito a não ser esperar, nesse momento. Afinal de contas, ainda não existe uma cura para essa doença, e somente pode-se fazer o tratamento dos sintomas.

Cientistas de todo o mundo, dentre eles, profissionais do Brasil, Argentina, Índia, Estados Unidos e mais, estão lutando para encontrar a cura para o CoronaVírus. E agora, resta a nós torcer que isso se dê o quanto antes.

Nós aqui da Cidadania4u estamos procurando estudar e entender ao máximo os impactos dessa pandemia, e como isso influenciará os próximos meses de relações internacionais. No mais, mantenha-se sempre ligado aqui no nosso blog para ter acesso ao máximo de informações possíveis sobre o mundo, principalmente no que diz respeito à Itália e ao Brasil.

Esperamos por você aqui no blog logo logo! Até mais (sem abraços dessa vez, seguindo o protocolo de prevenção ao CoronaVírus).

Saúde!