Ao conseguir sua cidadania italiana, a maioria dos pais pensa nas oportunidades que uma educação na Itália poderá oferecer para o futuro de seus filhos. Com isso em mente, nós da Cidadania4u decidimos explicar um pouquinho sobre a educação na Itália e sua metodologia. Acompanhe a leitura.
A educação na Itália é boa para seus filhos?
Para você que está preocupado com o futuro dos seus filhos, sim! O sistema educacional italiano oferece acompanhamento personalizado para crianças e adolescentes.
Seguindo uma perspectiva diferente do Brasil, essa ajuda especial vem para ajudar esses estudantes a escolher a área que seguirão no futuro, além de fornecer uma formação completa como cidadãos!
E se você ainda não sabe se comunicar em italiano, não se preocupe! Lá você também terá um acompanhamento pessoal dos professores para que o processo de aprendizagem do novo idioma seja o mais fácil possível.
Tudo isso e nem mencionamos que a pesquisa italiana é tão importante que tem relevância numa escala global. Pois é, as instituições e universidades italianas contam com diversos professores renomados (afinal, a Europa é o berço da Humanidade, de modo filosófico).
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Como funciona o sistema de ensino na Itália?
Assim como no Brasil, a Itália coloca a educação como algo obrigatório entre pessoas de 6 a 16 anos, independente se for italiano ou não. O Ministero della Istruzione (MIUR) é equivalente ao nosso Ministério da Educação, MEC, e é ele que discorre sobre o assunto.
A estrutura do sistema educacional italiano segue a seguinte base:
- Creche ou Berçário, que chamam de Asilo Nido: opcional;
- Educação Infantil, Asilo: opcional;
- Escola primária, Elementare: obrigatória;
- Escola secundária, Media e Superiore: obrigatória;
- Escola superior, Università: opcional.
Vamos ver cada uma delas?
Tipos de escolas na Itália
- Creche ou berçário, Asilo nido
Destinado para crianças que ainda estão nos primeiros anos da escola, é o que chamamos de “maternal”. O estado italiano não obriga crianças de 3 meses a 2 anos a estarem devidamente matriculadas na escola, mas se os pais quiserem, é aqui que elas pertencem.
A maior parte dos berçários italianos são públicos, e mesmo assim os pais pagam uma pequena taxa anual para a manutenção, funcionamento da escola, materiais dos filhos, além das despesas alimentares.
Se a família não tiver condições de pagar essa taxa, ela será isenta.
- Educação infantil, Asilo
Assim como o berçário, essa fase da educação ainda não é obrigatória. Muitos pais optam por começar a vida escolar de seus filhos nessa idade para conseguirem trabalhar. Seguindo o berçário, a educação infantil (de 2 a 6 anos) pode vir em escolas públicas e privadas.
- Escola primária, Elementare
Primeiro nível de educação obrigatória, o Elementare é equivalente ao nosso Ensino Fundamental I, com crianças de 6 a 11 anos. Diferente daqui, as escolas italianas colocam em seu currículo aulas matutinas e vespertinas para a mesma sala.
O programa dessas escolas adota as seguintes matérias:
- Italiano;
- Língua estrangeira (espanhol, inglês, francês ou alemão);
- Ciências;
- Matemática;
- História;
- Geografia;
- Estudos sociais (também pode vir como “Cultura”);
- Artes;
- Computação;
- Educação Física; e
- Religião, mesmo sendo opcional.
Saiba que se você for estudar somente por 1 ano ou menos na Itália, você terá que estudar em escolas particulares. Infelizmente essa é uma regra do sistema educacional italiano que você deverá estar atento.
- Escola secundária, Media e Superiore
Dividida em Media e Superiore, correspondem ao Ensino Fundamental II e ao Ensino Médio, respectivamente.
Ao chegar na scuola superiore os estudantes devem escolher qual Ensino Médio irão seguir. Hoje existem quatro formas: liceo classico (clássico), liceo scientifico (científico), liceo artistico (artístico), liceo linguistico (linguístico), liceo musicale (musical) e liceo delle scienze umane (das ciências humanas).
A Itália também possui uma espécie de ensino técnico, os istituti. Ele é destinado para aqueles que procuram uma formação científica, técnica e têm vontade de começar o mais rápido no mercado de trabalho.
- Escola superior, Università
Diferente do Brasil, a Itália possui 2 formas de seguir com o programa de graduação. Vejamos:
- Laurea triennale: graduações de 3 anos; a maioria dos cursos segue esse modelo.
- Laurea magistrale a ciclo unico: graduações que duram 5 anos. É o modelo adotado por alguns cursos seletos, como Direito, Arquitetura, Medicina, Farmácia, entre outros.
Um fato curioso é que a maioria das universidades italianas são públicas, e mesmo assim particulares como a Università Bocconi possuem grande influência no sistema educacional do país.
Os processos seletivos que temos aqui também não são muito populares no país da bota. A maior parte dos cursos de graduação na Itália seguem o padrão accesso libero. Caso exista uma prova avaliativa será para medir seus conhecimentos, e apenas isso.
Cursos como Medicina exigem uma dedicação maior por estarem fora da curva. Nesse caso será necessária uma avaliação nacional.
Como funciona o ensino público e privado na Itália?
Além do nome, não há tanta diferença entre os dois tipos de ensino. A verdade é que as escolas públicas e particulares italianas seguem o mesmo programa de ensino, que é determinado por lei, presente na Constituição Italiana, que determina às escolas privadas seguirem o mesmo conteúdo.
Até no quesito qualidade elas não possuem diferença, a não ser a preferência de alguns pais para que seus filhos frequentem escolas particulares. Essas escolas contém um programa e currículo diferente, além de serem, por obrigatoriedade, privadas. O diferencial é o ensino de línguas estrangeiras, que preparam o estudante para ir para fora do país.
A educação na Itália é gratuita?
Depende. Como você pôde perceber pelo texto acima, existem ambas formas de ensino na Itália, e isso também vale para estrangeiros. Porém, como em outros casos (vide saúde pública), você poderá pagar algumas taxas, que servirão para funcionamento e manutenção dessas escolas.
Como exemplo, as “mensalidades” médias de uma escola de ensino médio particular variam entre 300 a 700 euros. Contudo, pelo governo italiano, famílias de baixa renda, sendo elas italianas ou não, são isentas de qualquer tipo de taxa, independente do nível de educação.
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As diferenças entre a educação na Itália e no Brasil
Apesar de ambas as línguas descenderem do latim, as diferenças entre o sistema educacional italiano e brasileiro são as seguintes:
O formato das provas
Nós temos trabalhos e apresentações orais, mas os italianos levam as avaliações orais a sério. Além do ensino para adolescentes, essa modalidade é utilizada até em concursos públicos!
Conteúdo aplicado
As escolas italianas têm como base o objetivo de explorar e atiçar o conhecimento de seus alunos. Embora seja uma qualidade muito boa, ela também pode ser prejudicial: o desenvolvimento criativo dos alunos não é aperfeiçoado.
As avaliações são majoritariamente decididas pelo êxito do estudante nas provas orais, e não em trabalhos, fichamentos e seminários.
Custo
Como explicamos, por mais que a Itália adote o sistema público de educação, as famílias desses alunos são convidados a pagar algumas pequenas taxas para manutenção e funcionamento dessas escolas.
Os valores são calculados conforme a renda da família, tanto é que as que não possuem condições para seguir com o pagamento das taxas, são isentas. O custo pode variar entre 0 a 500 euros por ano.
Para os universitários o sistema é parecido. Cada estudante deve fornecer seu Isee Università, uma certificação que todo estudante deve apresentar ao se inscrever no ano acadêmico que determina quando o aluno irá pagar.
Assim, vemos que estudar de graça na Itália não é impossível, principalmente se você escolher por instituições públicas.
Andiamo, bello!
Durante esse artigo podemos perceber que o Brasil e a Itália possuem muito em comum um com o outro. Seja pelo sistema público de educação, seja pela obrigatoriedade das crianças estarem nas escolas (podendo se tornar um caso de polícia na Itália), o importante é que em ambos os países existe educação gratuita.
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