É comum ouvir falar sobre a relevância histórica de Roma, que ela é o berço da civilização, entre outras coisas. Mas você já se perguntou o real motivo disso? Se não, esse é um ótimo momento, pois hoje iremos falar sobre o Império Romano e sua influência até os dias atuais.
Neste post, você vai descobrir o que foi o Império, como surgiu e entender como se deu a queda dele. Além de entender o porquê de ter promovido tantos avanços sócio-políticos, e ser um dos principais assuntos quando falamos de importância histórica.
O que é o Império Romano
O chamado Império Romano foi a 3ª fase da civilização romana. É considerado, inclusive, como a maior civilização da história ocidental. Vale destacar que, o Império se deu após a República Romana, e não antes como é comum ao longo da história. Assim sendo, Roma que antes era uma cidade-estado, passou a ser governada pelo imperador.
A principal diferença entre essa forma de governo e a República, é que nessa prevalece a vontade de um único líder político, que concentra todo o poder em si. O que na República não acontece, já que existem diferentes atores políticos que representam a vontade de uma maioria, caracterizada pela democracia.
Como surgiu o Império Romano?
Bem, o Império foi, na verdade, uma consequência da crise vivida pela República, em seus dois últimos séculos. Tal crise foi marcada, sobretudo, por revoltas derivadas de convulsões sociais, que desencadearam guerras civis durante esse período. Além disso, a expansão territorial intensa durante o período resultou em alta demanda por reivindicações de centralização do poder.
Segundo Mary Beard, historiadora e professora de estudos clássicos na Universidade de Cambridge, a expansão territorial romana, por meio da anexação de territórios conquistados, conhecidos também como províncias, criou fortes debates no cerne da política romana a respeito de alguns temas.
Entre eles: poder partilhado e administração do império, momento em que o poder que nesse momento se encontrava nas mãos do Senado, passou a ser questionado.
Nesse contexto, os generais que participaram das conquistas de território, passaram a ter grande notoriedade e assim a ambição por maior poder político se intensificou. Tal fato está diretamente relacionado à profissionalização dos exércitos em Roma no século II a.C, o que consequentemente influenciou na autoridade que essas figuras passaram a exercer desde então.
A partir disso, a disputa pelo poder gerou guerras que influenciaram fortemente a desestabilização do império, como também a criação dos chamados triunviratos, que são acordos, ou ainda, alianças informais entre os generais com o intuito de conter as disputas políticas.
Primeiro Triunvirato
Se caracteriza como o primeiro acordo político feito entre três generais de destaque no exército romano, como também populares entre os civis. Ela marcou a ascensão dos generais na política de Roma, quando o exército romano derrotou as revoltas de escravos. Os três generais, Júlio César, Pompeu e Crasso, aproveitaram-se da popularidade que mantinham entre a população para enfraquecer a atuação dos senadores.
Dessa forma, eles dividiram o comando das províncias romanas em várias regiões do mundo antigo, o que marcou a entrada dos militares na política romana. Uma figura histórica bem conhecida e que foi a idealizadora do Primeiro Triunvirato é Júlio César, ele se tornou o ditador vitalício, com plenos poderes sobre Roma.
Segundo Triunvirato
Esse se caracteriza exatamente pela queda de Júlio César, quando uma conspiração conseguiu encerrar o período ditatorial iniciado por ele e que desencadeou o fim da República. Entretanto, vale destacar que não foram os opositores à ditadura de Júlio César que tomaram de fato o poder após seu assassinato.
Já que sob a liderança de Marco Antônio, antigo aliado militar de Júlio César, eles ficaram acuados pela população e, com objetivo de fugir, buscaram refúgio em territórios colonizados por Roma. Logo após, Marco Antônio uniu-se ao seu sobrinho, Caio Otávio e um importante banqueiro romano, Lépido, e formaram o Segundo Triunvirato. O qual tinha como objetivo equilibrar as forças políticas em Roma, o que deu início à divisão dos domínios romanos.
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A crise e queda do império romano
A crise do Império Romano é datada pelos historiadores com início no século III d.C. O primeiro fator considerado para isso é a economia da época, que demonstrou sinais de enfraquecimento. Isso se deve ao fato de que durante o período imperial, a economia romana, principalmente o lado ocidental, era muito dependente de mão de obra escrava.
No entanto, com a expansão territorial, muitas pessoas escravizadas foram enviadas para trabalhar no império e, quando as guerras mudaram de formato, de um modo operante mais ofensivo para um mais defensivo, a capacidade de obtenção dessa mão de obra escrava caiu drasticamente.
Sendo assim, na ausência dessa mão de obra para exercer as atividades demandadas pelo império, a economia parou. Como resultado, a produção de bens para manter a riqueza do império também sofreu impactos, o que fez com que faltasse inclusive o dinheiro necessário para manter as despesas que surgiam.
Para conter essa queda da economia, foram inicialmente pensadas algumas estratégias, no entanto, esbarravam em questões fundamentais como a guarda do império. Assim, a alternativa encontrada na época envolveu congelamento de preços, divisão do império e até transferência da capital.
Golpe final
Após a divisão do Império, e o claro enfraquecimento dele, o golpe final que decretou a queda se deu com a invasão dos povos germânicos, já que as fronteiras encontravam-se menos protegidas em decorrência da crise que só se agravava. Mas quem eram esses povos? Os germânicos habitavam além da fronteira norte do império, em terras conhecidas como Germânia.
Entre eles estão povos francos, alamanos, suevos, ostrogodos, saxões, vândalos, hérulos etc. A tomada do território por esses povos se deu ao longo dos séculos III, IV e V d.C, o que resultou na destituição do último imperador romano, Rômulo Augusto, em Roma, pelos povos hérulos liderados pelo Rei Odoacro em 476.
Nesse período, com o império já dividido, o Império Romano do Ocidente veio abaixo, além do Império Romano Oriental que se transformou no Império Bizantino, o qual existiu até o ano de 1453.
Como ocorreu a divisão do Império Romano
A aliança formada pelos apoiadores de Júlio César também não durou muito tempo, resultando em outra guerra. Motivada agora por problemas entre Marco Antônio e Caio Otávio, os quais tornaram-se rivais. Tal rivalidade resultou em um juramento de fidelidade por parte de Marco ao governo de Otávio, o qual ofereceu a mão da irmã em casamento, para manter o rival na mesma família.
No entanto, a história conta que, em 36 a.C, Marco se separou da esposa, símbolo da promessa de respeito ao governo de Otávio, para se casar com a rainha egípcia Cleópatra. Sentindo-se ameaçado com a situação, ele logo descobriu que Marco Antônio tinha a intenção de deixar Cleópatra como herdeira de seu cargo e o filho do casal como regente do governo de Roma.
Com o testamento de Marco Antônio em mãos, Otávio conseguiu apoio suficiente para persegui-lo, assim como à Cleópatra, o que resultou no suicídio dos dois, com o objetivo de fugir de Otávio, no momento em que ele chegou ao Egito.
Tendo isso em vista, mesmo com a preservação de algumas instituições republicanas, esse foi o primeiro passo para o estabelecimento do Império como grande regime político.
Divisão do Império Romano
Em 284 d.C, tendo como objetivo uma melhor administração do poder, o Império foi dividido em:
- Império Romano do Ocidente
- Império Romano do Oriente (Império Bizantino)
Império Romano do Ocidente
O Império Romano do Ocidente teve várias capitais sucessivas, começando por Roma, passando por Milão e terminando em Ravena, já que ela tinha saída para o mar e facilitava a negociação com o Oriente. Além disso, diferente do que era praticado no Oriente, a liberdade de culto aos cristãos foi dada por meio do Edito de Milão, em 313.
No entanto, no ano de 476, Odoacre, um rei bárbaro da Panônia, atual Áustria, depôs o último imperador romano do ocidente, Rômulo Augusto, marco da queda do Império Romano do Ocidente.
Império Romano do Oriente
Já o Império Romano do Oriente, também chamado de Império Bizantino, foi até o ano de 1453, quando foi tomada pelos turcos. Vale destacar que, a capital de Bizâncio, também é conhecida como Constantinopla.
Inclusive, no decorrer do século VI, houve uma tentativa do imperador de reordenar o Império Romano conquistando o Norte da África, a Península Itálica e a Península Ibérica. No entanto, os muçulmanos, terminaram por ocupar o Norte da África, o Médio Oriente e a Península Ibérica nos séculos VII e VIII.
Porque o império romano foi tão importante
O Império Romano, assim como a Civilização Romana antiga, contribuíram muito historicamente para o desenvolvimento do direito, entendimento das formas de governo, desenvolvimento da linguagem, arquitetura e, inclusive, tecnologia.
A sociedade romana foi um grande centro de difusão cultural e filosófica, o que estabeleceu diretrizes derivadas e utilizadas até hoje por nós, tanto no tocante à atuação, como na participação político-social.
Além disso, as constituições da maioria dos países europeus, bem como de ex-colônias europeias, têm influência direta da forma de governo no período do Império Romano.
Resumindo: as principais características do Império Romano
As características mais marcantes do Império Romano, tendo em vista o tripé do poder político em Roma naquela época, eram:
- Autocracia: poder exercido por uma pessoa (imperador)
- Tripé do poder político: exército, poder das províncias e religião
- Mão de obra escrava
- Guerras de conquista
- Politeísmo
Conhecer Roma é como mergulhar na história da humanidade
Bem, tendo em vista toda essa riqueza histórico-cultural, agora, ao visitar Roma você terá outra visão ao pisar nos museus, visitar as igrejas. Afinal, você saberá exatamente o contexto e poderá aproveitar ainda mais.
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